Lembra a Fórmula Junior, aquela categoria do Rio Grande do Sul que já foi assunto aqui no World of Motorsport no mês passado e tem como objetivo fazer a ponte entre o kartismo e os monopostos para os jovens pilotos? Então, ela teve a segunda rodada disputada neste domingo, dia 21, em Guaporé.
De cara, já houve uma boa notícia no grid com o aumento de competidores. Depois de reunir 13 pilotos em Tarumã, dessa vez 14 participantes estiveram na segunda etapa. É um aumento tímido, obviamente, mas mostra que o número alcançado na abertura do campeonato não foi por acaso.
É que muitos certames geralmente conseguem descolar alguns pilotos que fecham contrato apenas para uma corrida para experimentar a categoria, às vezes por falta de dinheiro, às vezes porque ainda estão buscando novas oportunidades em outro campeonato.
Neste caminho contrário, por exemplo, esteve a F3 Sul-americana, que teve 13 carros em São Paulo, mas viu apenas dez participantes também neste fim de semana em Brasília.
Voltando a o que aconteceu em Guaporé, as corridas tiveram dois vencedores diferentes. Gabriel Robe ganhou a primeira prova, enquanto Victor Matzenbacker – que já havia vencido as duas provas da rodada de Tarumã – pôde celebrar mais um triunfo. Com isso, o piloto da MC Tubarão soma 75 pontos, liderando o campeonato.
A segunda prova, aliás, foi encerrada em bandeira vermelha devido a um acidente envolvendo Robe e outros dois carros. Como o regulamento determina, passou a valer o resultado da volta anterior, e o piloto de Pelotas ainda assim conseguiu terminar com a segunda posição, com Lucas Alves, Bruna Tomaselli e Gustavo Bandeira completando o top-5.
Ainda houve uma terceira disputa no fim de semana. É que além de determinar o vencedor de cada bateria, ainda há um vencedor geral da etapa, que é calculado a partir da soma dos tempos dos pilotos nas duas corridas. Depois de triunfar em Tarumã, Matzenbacker mais uma vez foi o primeiro colocado na classificação geral ao superar Robe por apenas 0s035.
Só que essa premiação é um pouco confusa porque, no geral, ela não vale para nada. O sistema de pontos do campeonato leva em conta o resultado das duas baterias e não atribui bônus à soma geral. Vale como um prêmio e só. E pode até confundir quem não sabe que o campeonato é formato por rodadas duplas. Até porque, para meninos e meninas em início de carreira, cada corrida é uma vida.
Como eu já havia dito em um texto anterior, ainda é muito cedo para fazer qualquer avaliação sobre o campeonato. Só vai dar para saber o verdadeiro peso dele em alguns anos, quando olharmos para alguns pilotos com destaque nacional e mundial e ver que eles surgiram na F-Junior.
Enquanto isso, a categoria faz uma pausa e volta às pistas no dia 19 de maio, no Velopark.
Não esqueçam que além da Fórmula Júnior ,que vai crescer muito, pois faltam carros (já estão sendo providenciados), temos aqui no sul o próximo degrau para estes pilotos jovens que é a nossa Fórmula 1.6 com chassis Techspeed / Minelli ( este já reativou a fabricação de monopostos). O carro da F1.6 é bem mais rápido e tem um grid perto de 20 carros, podendo subir para quase 30, pois foram aceitas as F. São Paulo. Alguns carros já estão correndo aqui no sul.
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O que eu questiono da F1.6 é a capacidade de revelar pilotos para as principais categorias nacionais e internacionais, por isso não a citei. Salvo engano, o único grande nome até agora foi o Matheus Stumpf.
De qualquer forma, é um trabalho notável ver quase 30 carros no grid da F1.6 enquanto a F3 mal coloca 15
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Marco Túlio Souza, Yukio Duzanowski, Sabrina Kuronuma são pilotos que usaram o degrau da F1.6 para suas carreiras internacionais. Problemas de saúde impediram Sabrina de ir adiante, mas Yukio e Marco estão no exterior. E isto está apenas começando. Este ano temos Gabriel Senna e Leandro Guedes, que almejam vôos maiores. A procura pela categoria, de pilotos brasileiros, tem sido grande.Portanto, considere olhar para a F1.6 Você vai se surpreender em breve. E com a F-Jr. também.
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Em que categoria que eles estão?
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Caro Felipe, a premissa da F1.6 é realmente ser uma categoria Gaúcha para que nossos pilotos, que não querem correr de turismo, tenham como competir. Há uma mescla de pilotos experientes, pilotos muitos bons que não tem dinheiro para vôos maiores e também aqueles que só querem se divertir.
Não há intenção de que a categoria seja TOP no Brasil.
O que está acontecendo desde 2011 é que alguns pilotos começaram a vir ao sul para poder ter pelo menos um ano de contato com as fórmulas antes de ir para o exterior.
A mescla das quatro pistas que temos (Tarumã – Guaporé – Santa Cruz do Sul – Velopark) ensina muito aos pilotos sobre pilotagem e acerto do carro. Os chassis são antigos, mas a parte eletrônica é de primeiro nivel desde o ano passado. Temos telemetria, GPS etc…..
A Minelli, antiga fornecedora de chassis para a extinta FFord está produzindo carros totalmente novos que estão a disposição dos pilotos para compra.
E respondendo a sua pergunta seguem informações do Marco e do Yukio.
Marco Túlio disputou a Fórmula Renault Européia em 2012 e este ano vai para os EUA disputar a F2000.
Yukio andou de FAbarth em 2012 e agora está também nos EUA para correr na USF2000.
Abraços
Elton
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Eu sou fã do trabalho que é feito no Sul, não tenha dúvidas disso. Acho que é o único lugar do país em que existe um automobilismo sustentável. Por mim, qualquer categoria que consiga 30 carros no grid, como é a F1.6, merece um prêmio nos dias de hoje.
Voltando ao assunto de revelar pilotos para categorias top, acho que é um pouco forçar a barra citar dois garotos que juntos fizeram apenas 4 corridas no exterior em toda a carreira.
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Nem todos pilotos brasileiros estão conseguindo sucesso imediato no exterior. Os citados estão na batalha, junto com muitos outros. Passar pela F1.6 não quer dizer que todas as portas se abrirão. Mas é, no momento, a forma mais acessível de buscar experiência, dentro do Brasil.
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Só pra constar. Não há patrocínio nos macacões pois aqui no RS primamos pelo evento, desenvolvimento e satisfação. Não nos preocupamos com estética pra sair bonito na foto.
Organização é autódromo limpo, lugar para as famílias, motores com desempenhos iguais, pneus de qualidade, tudo isso para satisfação do piloto, do pai do piloto e do público e não com a imagem que vai aparecer na TV, se aparecer.
Nós já investimos muito para poder correr. Macacão bonitinho é apenas um detalhe insignificante.
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É brabo quando o cara tem preguiça de pesquisar, olhar tabelas, olhar fotos, para depois informar erradamente.
Todas as categorias que englobam o Racing Day (Fórmula Jr., Fórmula 1.6, Fuscas e Marcas e Pilotos) são feitas em rodadas duplas (1ª e 2ª bateria) e ambas pontuam separadamente. A soma dos tempos é feito apenas em função do pódio.
A maioria dos carros possuem patrocínio sim, e grandes como Mormaii, Savarsul, etc… (olhas todas as fotos). Porém, sabemos que no Brasil, patrocínio para automobilismo é uma coisa distante, portanto, vários pilotos tiram do próprio bolso, justamente por se tratar de uma categoria “barata”. 55 mil a temporada completa.
Foram 14 carro pois a CBA só entregou 15 carros a FGA, sendo que o organizador da categoria já comprou as formas e está construindo aqui no sul novos carros e peças de reposição.
É muito fácil olhar de SP e dizer que a categoria começou fraca, que não tem patrocínio,etc…, fácil é criticar sentado atrás de uma mesa. Difícil é fazer não é?
Só pra critério de informação, temos pilotos de Aracajú, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraguai e outros.
Quantos tem na F3 que a imprensa está dizendo que “renasceu”?
Para fim de comparação, na F. Jr, se bater, tem peças de reposição na hora. Na F3 é mais ou menos assim: “assina o cheque e vai pra casa”.
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Peço que você não tenha preguiça e leia todos os textos que eu já escrevi sobre a F-Junior aqui no blog antes de fazer um comentário.
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