
O mercado de pilotos da F1 para a temporada de 2013 parecia estar praticamente definido, com vagas abertas apenas na Force India e na Caterham. Entretanto, nesta semana, a Marussia surpreendeu ao rescindir o contrato de Timo Glock, o melhor piloto do time, para dar lugar a um novato endinheirado.
A matemática da equipe russa é simples. Como Glock recebia cerca de £ 2 milhões por temporada de salário, a escuderia acredita que consegue fechar o orçamento deste ano com a chegada de um piloto pagante, que traga por volta de £ 6 milhões. Com £ 8 milhões a mais no caixa, a equipe segue existindo sem maiores problemas, mesmo que para isso precise comprometer o desempenho na pista.
Glock, por sua vez, não foi bobo. Em menos de uma semana, se acertou com a BMW para completar o plantel da montadora no DTM. Assim, o alemão agora se torna parceiro de Augusto Farfus, Andy Priaulx, Bruno Spengler, Martin Tomczyk, Joey Hand, Dirk Werner e do estreante Marco Wittmann.
Mesmo sendo o único piloto da fabricante a ter experiência na F1, Glock não terá vida fácil em 2013. Isso porque os últimos atletas que fizeram a transição entre essas duas categorias demoraram pegar o jeito dos carros de turismo.
Inspirado na mudança de categoria de Glock, o World of Motorsport fez um levantamento do desempenho dos pilotos da F1 que também disputaram o DTM. E o resultado não é muito animador para o ex-funcionário da Marussia. Até hoje, apenas Mika Hakkinen e Jean Alesi venceram no certame alemão.

Antes de ir aos números, explico três critérios. O primeiro é que só considerei pilotos que tiveram alguma relevância na F1. Por isso, nomes como Bernd Schneider – megacampeão do DTM, mas que deixou de se classificar em 25 provas da F1 – e Markus Winkelhock não entraram.
Também ignorei quem disputou o DTM antes de chegar à F1, como Paul Di Resta. Além disso, nesse critério também há uma exceção, Christijan Albers. O holandês chegou a vencer cinco corridas e ser vice-campeão do certame germânico antes de competir pela Spyker. Depois, quando retornou, não conseguiu mais marcar pontos.
Por fim, os números a seguir só valem a partir do ano de 2000, quando o DTM foi recriado. Vamos a eles:
Como se pode ver, embora os ex-pilotos de F1 não tenham conseguido repetir os bons resultados no DTM, o desempenho não foi tão ruim. Levando em conta os nomes da lista, em ambas as categorias, Hakkinen, Alesi e Heinz-Harald Frentzen foram os que tiveram mais sucesso.
Talvez a grande exceção tenha sido David Coulthard. Depois de ser vice-campeão da F1, o escocês falhou nas três temporadas do DTM, conseguindo como melhor resultado apenas o quinto lugar em Norisring, em 2012. No entanto, além de pilotar no certame alemão, o ex-piloto de McLaren e Red Bull também era comentarista da BBC na F1 e ocupava algum cargo dentro da empresa de energéticos. Talvez o foco dele não estivesse mais nas corridas.
Para encerrar, embora Ralf Schumacher não tenha conquistado uma vitória oficial, ele foi o vencedor do evento de exibição em Munique – nas mesmas regras da Corrida dos Campeões – do ano passado, ao lado de Jamie Green. Os demais nomes, com maior ou menor frequência, somaram diversos top-5 ao longo da carreira, mas não chegaram ao pódio, tampouco venceram.
Eu quiz dizer cagada!
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Felipão parece que a cada é mundial dessa vez:
http://www.racing5.cl/2012/10/bueno-o-malo-comenzo-la-transformacion-de-speed-latinoamerica-a-fox-sports-3/
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