
A Nascar realizou neste domingo, dia 7, a quarta etapa do Chase de 2012, em Talladega. Como sempre, essa era uma das corridas mais aguardadas pelos fãs da categoria devido aos resultados finais serem sempre imprevisíveis.
Dessa vez não foi diferente, e a prova teve um final inesperado, com 24 dos 27 carros na disputa se envolvendo em um acidente na saída da curva 3 na última volta. Melhor para Matt Kenseth, que escapou ileso e conquistou a vitória. Jeff Gordon e Kyle Busch também não se envolveram na paulada e terminaram em segundo e terceiro, respectivamente.
O acidente todo começou quando o então líder Tony Stewart foi desafiado por Michael Waltrip, que trabalhava em parceria com Casey Mears. O atual campeão tentou bloquear o adversário, e os dois acabaram se tocando. Com isso, o carro de Stewart rodou na parte de baixo da pista, sendo atropelado por todo mundo que vinha atrás.
Waltrip, por sua vez, acertou Kevin Harvick, que ocupava a segunda colocação e vinha forte na parte externa. Dessa forma, todos os pilotos que estavam na linha de cima também acabaram coletados no acidente.
Após a prova, as reações foram bastante diferentes. Os torcedores saíram contentes porque viram um Big One de verdade em Talladega, mas grande parte dos pilotos ficou frustrada por ter encerrado a corrida com o carro completamente destruído. Na verdade, essa é uma máxima já conhecida das corridas em super-ovais. Os fãs gostam das corridas terminando com batidas, mas os pilotos, obviamente, preferem chegar ao final.

Só que dessa vez eu fiquei com a sensação de que o acidente acabou estragando a prova. Vamos ser sinceros, a corrida deste domingo foi mais uma vez bastante frustrante. Durante boa parte, a prova foi marcada pela ausência de bandeiras amarelas, e as brigas pela liderança aconteciam principalmente quando uma dupla se desgarrava do pelotão e conseguiu se posicionar logo à frente. Fora isso, ainda tivemos alguns pilotos do Chase andando atrás do pelotão para tentarem evitar algum acidente no meio do percurso.
Aliás, essa estratégia deu quase certo. O único problema mesmo foi a última volta. Quando a corrida parecia que ia esquentar, com os carros brigando pela primeira posição, a batida fez com que a prova fosse encerrada com bandeira amarela. Aí não importa quem se guardou durante todo o domingo ou quem andou sempre entre os primeiros. Todos, praticamente todos, se envolveram no meleé final.
É claro que foi um acidente de corrida, com Tony Stewart cometendo um erro contra Michael Waltrip, mas não tenho dúvidas de que o final de prova teria sido muito melhor se a maior parte dos carros tivesse conseguido chegar ilesa até o final.
Digo isso principalmente porque estamos na fase final do campeonato. Ver acidentes ao longo do ano é muito legal, claro, mas agora o maior interesse é ver como os pilotos do Chase vão conseguir lidar com as corridas finais na briga pela taça. Porém, ao invés de termos essa disputa na pista – além do resultado no campeonato –, tudo o que aconteceu foi uma batida de grandes proporções.
Aí, a posição final de cada piloto foi definida apenas pelo simples detalhe de quem tinha o carro menos batido para conseguir cruzar a linha de chegada primeiro.
Resumindo, o acidente foi espetacular, a imagem é incrível, mas o resultado foi frustrante. E mais uma vez Talladega decepcionou. Se a primeira corrida do ano foi marcada pela total falta de competitividade, dessa vez chegamos a um momento do Chase em que além de não ter disputa a sorte influenciou.
Mas e você? Gostou mesmo do final da prova de Talladega?
Veja o vídeo do big one em Talladega:
Sem emoção fica sem graça mas esta corrida valeu pelo seu final.
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Concordo que a corrida foi fraca, durmi por mais uma hora da corrida, mas não concordo com o Big One tenha deixado a Chase pior, ou mesmo o resultado não tenha sido o aguardado. Isto é Talladega.
Mas tenho que levar em consideração que a corrida precisa de mudanças, chega de jogo de equipe, deve mudar o formato dos carros para impedir que um corra grudado na traseira do outro.
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Discordo, foi excelente essa corrida, e o big one no final foi fundamental para isso. Quanto a isso prejudicar os pilotos que disputam o chase e suas estratégias, é a coisa mais normal para corridas em Superspeedway, nelas a ultima coisa que se vê é justiça.
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Por esses big-ones que o Mauro Cezar da ESPN, por exemplo, insiste em chamar a Nascar de “Carrossel do Capeta”… No mais, tava assistindo essa prova com um pessoal da minha família e na hora eles ficaram chocados com o acidente, mas falei: é isso que o povão quer ver nesse tipo de pista. E na boa, quem quer ser campeão precisa ter um pouquinho de sorte também, mesmo que quem tenha sobrevivido ileso a esse big-one sejam dois caras que não tem muita chance no chase e outro que nem no chase está…
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Apesar da nenhum canal da TV a cabo aqui de casa passa a Nascar, sempre a acompanho. E simplesmente adoro Talladega, e um Big One na última volta é demais! A Nascar e a F1 são as minhas categorias favoritas.
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