
Deve ser difícil ser Michael Phelps. Em um dia você acorda, liga o computador e vê um monte de gente te chamando de amarelão e ex-atleta em atividade. No dia seguinte, você nada um pouquinho e consegue sua 20ª medalha – sendo 16 de ouro – na história das Olimpíadas.
É verdade que o americano não está mais no auge. Mas 20 medalhas olímpicas é uma marca extremamente significativa e dificilmente será alcançada em breve. De qualquer forma, a chamada ‘Era Phelps’ teve seu auge em 2008, em Pequim, quando o nadador obteve a medalha de ouro nas oito provas em que competiu.
Voltando ao início do texto, mais difícil que ser Michael Phelps é ser Michael Phelps. Mas não falo do nadador. Em 2008, enquanto o atleta de Maryland nadava no Cubo D’água chinês, um americano de apenas 18 anos, homônimo do olimpiano, começava a carreira nas pistas da Arca.
Até 2007, Phelps, o piloto, era um jovem com algum destaque nas categorias de acesso dos Estados Unidos. O bom desempenho chamou a atenção da Dodge, que o contratou para o programa de jovens pilotos. Assim, Michael fechou com a Cunningham para disputar a temporada completa da Arca em 2008.
Naquele ano, a categoria teve o grid mais forte da sua história recente. O campeão foi Justin Allgaier, mas nomes como Ricky Stenhouse Jr, Scott Speed, Matt Carter, John Wes Townley, Tayler Malsam e Justin Lofton também foram revelados. Isso além da presença constante de jovens talentos como James Buescher, Jeremy Clements e Brian Scott. Todos com passagem pela Nationwide em algum momento desde então.

Phelps foi até que bem, levando em conta que se tratava de um novato. O piloto começou 2008 não conseguindo se classificar para a etapa de Daytona, por causa de um acidente no quali, mas conseguiu três TOP 10, além do segundo lugar no grid no Kentucky, nas 19 etapas restantes para fechar o ano em 16º.
O problema é que a Arca tem um sistema de pontos que pune um competidor que não dispute todas as etapas. Como o piloto da Cunningham ficou fora de duas, ele perdeu ao menos duas posições na classificação final.
Para 2009, a Cunningham fechou uma parceria com a Penske e contratou os promissores Parker Kligerman e Dakoda Armstrong. Consequentemente, Phelps ficou sem ter onde correr e disputou apenas a etapa de Daytona por outro time. Depois, ainda participou de algumas corridas de categorias menores antes de pendurar as luvas.
O mais interessante é que enquanto disputava a Arca, em 2008, o americano ingressou na Universidade de Auburn para estudar engenharia civil. Com o fim da carreira nas pistas, Phelps pôde se dedicar apenas aos estudos.
É muito difícil encontrar qualquer tipo de informação sobre o ex-piloto nesses últimos dias. Onde já se viu procurar no Google por Michael Phelps e não querer saber do nadador? Pelo pouco que pude ver, parece que ele se formou em engenharia e trabalha na área, mas não pude confirmar a informação. A única certeza é que Phelps foi obrigado a voltar a conviver com as piadinhas envolvendo seu nome nesses últimos dias.
“O campeão foi Justin Allgaier, mas nomes como Ricky Stenhouse Jr, Scott Speed, Matt Carter, John Wes Townley, Tayler Malsam e Justin Lofton também foram revelados. ”
John Wes Townley consegue sozinho fazer a ARCA não ter valido a pena.
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Como voce é malvado. Aposto que JWT ainda vai correr na GP2 até o final da carreira
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Sim, ele entrará na categoria pela Trident após ter sido campeão da World Series by Renault contra o velho Aleshin e o überestimado Bianchi.
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