
Para encerrar os comentários sobre a edição 2012 da etapa do Anhembi da Indy, chegou a hora de falar do pódio. Ah, o pódio. Se você assistiu à transmissão da corrida, viu que foi uma das cenas mais bizarras dos últimos anos na história do automobilismo.
Caso você não tenha visto – o vídeo está lá embaixo –, eu narro resumidamente o que aconteceu. Para começar, a estrutura do palco estava montada de forma errada. Estava em 3-2-1 e não o correto 2-1-3. Aqui não dá para falar se foi erro da organização, ou se a etapa de São Paulo quis inovar, mas caso seja esse o motivo não deu para perceber a razão.
Depois, os responsáveis pelo cerimonial esqueceram de avisar os pilotos o que seria feito. Desde o começo, tinha um trofeu destinado ao autor da melhor volta da prova, que acabou sendo Josef Newgarden. O problema é que o garoto sequer foi avisado disso. Aí, o narrador oficial fez toda aquela pompa para chamá-lo, mas ele deveria estar na garagem já se preparando para a viagem de volta aos Estados Unidos.
Na hora de premiar os três primeiros também não deu certo. Takuma Sato, o terceiro colocado, foi o primeiro atleta chamado pelo narrador, mas quem apareceu na frente foi Will Power! Com a situação feita, aí apareceram Ryan Hunter-Reay, além do próprio piloto nipônico.
Mas nada, nada ganha do aconteceu em seguida. Na hora de abrir o champanhe – que na verdade é uma cerveja especial da patrocinadora da corrida –, esqueceram de deixar a rolha frouxa para os pilotos. Então, os três primeiros colocados receberam garrafas fechadas e fizeram o possível para abrir na mão a garrafa.
Depois de fazerem muita força, Will Power tentou usar uma parte do troféu para tirar a rolha, assim como acontece em balcão de bar. Hunter-Reay, por sua vez, se abaixou e foi usar o degrau do pódio. Um verdadeiro vexame. Cenas que ninguém parecia acreditar no que estava acontecendo.
Após muito esforço, apareceu alguns mecânicos da Penske, que conseguiram abrir as garrafas com alguma ferramenta originalmente usada para fazer ajustes nos carros ou trocar pneus.

No final das contas, fica o vexame para o patrocinador. Entretanto, acredito que ao menos eles deram sorte de o pódio ter sido formado por pilotos como Power e Sato – além de Hunter-Reay – que souberam levar o problema para o lado esportivo. Penso que seria muito pior caso a falha acontecesse na F1 ou com pilotos mais sisudos, que assim que constatassem o problema nas garrafas, apenas as deixassem de lado antes de continuar a comemoração.
Pelo menos, bem ou mal, todo mundo em algum momento comentou sobre o incidente do pódio, o que deve ter gerado algum interesse pela patrocinadora da corrida.
Por fim, eu não concordo com a opinião extremista de que é essa a imagem que o Brasil manda para os outros países. Imagino que a opinião de Sebastian Vettel e Martin Whitmarsh sobre a América do Sul não ser um local seguro pouco tem a ver com o que acontece no pódio após as corridas.
O que fica é um problema na organização da prova. É curioso, aliás, porque a estrutura que foi montada no Anhembi realmente é muito boa. Entretanto, essa sequência de erros nas cerimônias pega mal para todo mundo.
Vale lembrar que dois anos atrás os pilotos também não haviam sido avisados sobre o leite no pódio. Aí Will Power – sempre ele se fo.. – teve que se virar com a caixinha. Agora um erro grotesco na hora de abrir as garrafas. Bizarro. Acho que o óbvio nesse momento é que os responsáveis pelo cerimonial precisam dar uma treinada um quanto antes.
Veja a cerimônia do pódio:
P.S.: no vídeo oficial da Band sobre o pódio, toda a cena dos pilotos abrindo – ou não – as garrafas foi cortada. A cena fica tão bizarra, que entram três boas mulheres para entregar a cerveja, mas quem sai do pódio acaba sendo alguns homens, os mecânicos da Penske. Basta clicar aqui para ver.
a ynducarcaduca errou a mao dos carros e pneus em 2010 os pneu tinham mais grip e mais ultrapassagens com uma aerodinamica q ajudava eles pioraram um pouco para q os pilotos resolvessem no braço so q ficou mais difilcil e esse negocio de economizar combustivel e uma piada tem q ser potencia maxima o tempo todo se sou da penske fazia uma cartilha pro wil e pro brisco de coisas q nao deve se fazer em um podio no brasil porque no caso do helio no q ele levantar a garrafa viriam um monte de ganguester com saca rolhas pra abrir pra ele
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Na minha opnião a corrida e o evento foi muito sem graça, a band ontem tentou converser o público que aquilo seri uma boa corrida . Minha opnião , corrida de monoposto e formula 1 , ela tinha sua concorrência na época da CART , mas hoje ela predomina em todos aspectos . Fora da fórmula 1 existe sim muita coisa boa , mas se refere se aos campeonatos de turismo e protipo .
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Ridículo!
A única palavra que resume tudo! E todo ano passamos por isto, recordo-me no ano passado, o Luan Santana interpretando o hino nacional brasileiro.
Isto já é rotina, faz parte!
Ridículo!
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Resta saber se não foi o pânico , CQC ou Agora é Tarde quem preparou a entrega das champanhes. 🙂
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A tática de menosprezar a F-1 e Maximizar qualquer possivel qualidade da Indy é antiga.
Isso remonta aos anos 80, e foi inicializada pelo Luciano do Valle e Emerson Fittipaldi.
Falavam do imenso equilibrio da categoria, mas nunca falavam ao torcedor comum que equipes diferentes usavam equipamentos iguais, daí o equilibrio.
Ficavam naquele blá blá blá do bom ambiente, das esposas com o macacão igual ao do marido, etc e tal.
Já em relação ao King Kong que a organização pagou no podium, chamou tanto a atenção, que em homenagem ao patrocinador, vou ficar um ano sem consumir a cerveja deles.
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Felipe,
Acompanho automobilismo desde 1970 e durante 10 anos fiz cobertura para varios jornais sobre o esporte a motor (entre 75 e 85) e em minha opinião a Bandeirantes não tem a menor noção do que é organizar provas de automoveis….os narradores são ruins, tanto da Band como Band Sport, exceto o Giafone que é ponderado e entende do assunto. O Homem de Mello parece que está num bate-papo em um churrasco de tão alienado que está, diz que a F-1 dá sono mas eu só ouço falar que se dorme na Indy…fala da monotonia da F-1, mas ela tem 4 vencedeores de 4 equipes diferentes enquanto a Indy só vence Penske e Power só não venceu as quatro porque rodou na abertura. Essa lambição é babaca demais….será que alguem não pode tirar esse cara daí?
A transmissão é ridicula, a narração e as reportagens beiram a um circo e o diretor de imagens não tem a menor noção de uma prova de carros de corrida. Quanto alguém vai ultrapassar ela começa a filmar a marginal, troca de cena como se fosse um show de rock, é muito ruim.
Pra finalizar, o pódio foi sem dúvida o pior de todos os tempos e em qualquer lugar….são desorganizados, principiantes….aquilo que aconteceu, muito bem narrado acima, é vergonhoso.
Sabe, fui em todas as provas da Indy no Brasil, da primeira fase no Rio e nas duas últimas, 2010 e 2011….não fui este ano e confesso, enquanto for essa organização eu nunca mais irei, nem de graça.
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A impressão que dá é que a Band não se interessa tão profundamente pela categoria. A falta da organização foi desastrosa mesmo. O que acho ridículo mesmo é que boa parte dos torcedores e principalmente aqueles que entregavam os prêmios para os pilotos não conheciam nada sobre a categoria; no máximo só sabem que existe o Helinho e o Tony (muito mais por causa da época da CART), a Bia (porque é mulher e mulher é “novidade” por lá) e o Rubinho (ex-F1).
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