
Não é somente Rubens Barrichello que está em alta entre os pilotos da velha guarda, digamos assim. Contemporâneo do novo contratado da KV há 20 anos no continente europeu, Christian Fittipaldi tem sido bastante requisitado nesses primeiros meses de 2012.
Primeiro, como já é tradição, o brasileiro disputou as 24 Horas de Daytona. Novamente fez parte da forte equipe Action Express – ao lado de David Donohue e Darren Law – e terminou a disputa na quinta colocação, sendo o melhor classificado entre os times que usaram o novo Corvette DP.
Depois, o piloto recebeu um convite da Mercedes para disputar as primeiras duas etapas da temporada 2012 da F-Truck no lugar de Geraldo Piquet, que foi punido no final do ano passado ao se envolver em um polêmico acidente na etapa de Curitiba. Para terminar, nesta terça-feira, dia 6, Christian anunciou que vai disputar três etapas da Superstars Series – o principal campeonato de turismo italiano – pela equipe oficial da Audi no país europeu.
Além de tudo isso, o piloto deve continuar na disputa do Trofeo Linea em 2012, onde dirige para a equipe da família, e também participar das corridas de kart de fim de ano, como o Desafio das Estrelas e as 500 Milhas do Beto Carreiro (ex-Granja Viana) onde, aliás, fez parte da equipe campeã da última edição.
O caso de Christian é bastante curioso. É possível dizer que ele se tornou uma versão brasileira de Jacques Villeneuve. Assim como o canadense, o sobrinho de Emerson Fittipaldi – com certa dose de exagero – está próximo de registrar passagem por todas as categorias do automobilismo mundial.

Entretanto, as semelhanças entre os dois param por aí. Villeneuve foi campeão da Indy e da F1, venceu as 500 Milhas de Indianápolis (quando Christian foi o segundo, coincidentemente), mas há alguns anos está vagando pelo automobilismo sem conseguir se firmar em lugar algum. O piloto já declarou que sonhava voltar à F1, mas as tentativas parecem ter terminado desde 2010. E não seria surpresa se ele aparecesse na Nationwide ainda este ano.
Christian, por sua vez, não teve o mesmo sucesso na carreira. Campeão inquestionável da F3000 em 1991, o brasileiro disputou a F1 por três temporadas antes de se mudar para a Indy, onde ficou de 1995 a 2002, fazendo toda a carreira na Newman/Haas, praticamente.
Apesar de não ter brilhado tanto quanto Villeneuve, o paulista esteve longe de ser um piloto ruim. Entre altos e baixos, esteve sempre na briga por top-5, subindo ao pódio em todas as temporadas que disputou de forma integral. Por outro lado, foram só duas vitórias, além de dois acidentes que o deixaram fora de ação por 11 corridas ao todo.
O grande problema da carreira de Christian nos Estados Unidos foi a expectativa de que ele pudesse suceder o tio Emerson. Enquanto a torcida criava a esperança de que um dia ele estourasse e dominasse os campeonatos da Indy, o paulista seguia com bons resultados, mas longe das vitórias ou de títulos.
Depois da Indy, o piloto passou alguns anos peregrinando por Nascar, ALMS, A1GP e Stock Car, mas agora parece ter se encontrado. E isso é o que o diferencia de Villeneuve nessa fase da carreira. Enquanto o canadense ainda tenta reviver as glórias de épocas passadas, o brasileiro parece estar satisfeito com o que faz da vida. Para ele, está ótimo correr em Daytona, no Trofeo Linea e no kart, enquanto acompanha o desenvolvimento dos sobrinhos (primos ou algo assim) Pietro e Enzo na Nascar e também se dedica aos hobbies. Se surgir algo como a F-Truck ou o Superstars, opa, melhor ainda. E é dessa forma que, aos 41 anos de idade, Christian segue com a carreira.
No fim, em uma época em que é tão comum nos preocuparmos cada vez mais com a nova geração de pilotos brasileiros, é bastante interessante ver que alguns pilotos que fizeram parte da história do automobilismo brasileiro nos últimos 20 anos ainda são reconhecidos tanto nacionalmente quanto internacionalmente.
A lista, aliás, é grande. Barrichello, por exemplo, acabou de assinar com a KV e é tratado como a grande contratação da Indy para o novo campeonato. Gil de Ferran saiu da aposentadoria e voltou a correr na ALMS antes de deixar as pistas mais uma vez e se dedicar à própria equipe (que não deu certo). Moreno continuou correndo até quando deu e até mesmo Ricardo Rosset conseguiu algum espaço na Porsche.
não existe comparação entre christian fitipaldi e jacques villeneuve; um foi campeão na f1 e na indy o outro nem perto disso.
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Eu comparo olha só: “os dois tem dois olhos, um nariz e uma boca”.
Você pega um dos quesitos de comparação e quer generalizar. Lamento
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Ele só correu e corre só com o sobrenome e demonstrou isso em toda sua carreira,principalmente na Indy, aonde esta em uma das melhores equipes e era um piloto sem agressividade e modesto como sempre.
Só lembrando que o Jacques Villeneuve foi campeão em quase todas as categorias que passou e aí tem uma GRANDE diferença.
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Péssima matéria. Com todo respeito ao escriba e a Christian, mas a sensação de texto encomendado é bastante forte. Christian perdia na Minardi para um camarada chamado Pier Luigi Martini. Alguém lembra desse cidadão? Falando friamente, Christian foi um piloto de mediano para baixo.
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Oi, Paulo. Lamento que você não tenha gostado desse post, mas há outros 797 neste blog, então espero que algum consiga te agradar.
Só uma correção, Christian e Martini disputaram três temporadas na F1 (1992 a 1994). Só na primeira o italiano terminou na frente. Considerando que o brasileiro era novato, corria pela Minardi e a diferença foi de apenas um ponto, não me parece tão ruim assim.
Claro que esse dado estatístico não muda a sua avaliação sobre ele, mas é apenas uma correção para não ter informação errada por aqui. E de certa forma eu concordo com você, o Chrisitan não foi um piloto excepcional na carreira. Acho que ele era bom, mas não passava disso.
Ah sim, obrigado pelo comentário!
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Felipe,
antes de mais nada, perdão pelo tom. Você certamente já escreveu e ainda escreve post excelentes e aqui faço uma autocrítica: geralmente nós (eu) leitores nos esmeramos na critica e esquecemos por vezes de dar o crédito de uma boa matéria, que é o caso geral e mais comum aqui.
Boa Sorte,
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Para o brasileiro só vale o primeiro lugar.
Some ao Christian quantos pilotos brasileiros estiveram na Formula 1 e não tiveram exito. Não vislumbramos um novo campeão mundial de F1, os que ai estão..incluindo o sobrinho do Senna.. são os Christian de amanhã. Porem só de participar de categorias tão importantes do autmobilismo mundial já seria dos brasileiros terem orgulho.
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Pilotos muito menos talentosos conseguiram deixar marcas mais significativas em categorias que o Christian andou.
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Não é ruim, mas também não é bom. Eu considero um piloto mediano.
Mas afinal ele é filho do Wilson e não do Emerson. Herdou o talento do pai, o que é o normal.
Não dá para compara-lo com Jacques, quem dirá com o tio.
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Frutos ????? Essa matéria só pode ter sido paga ! Fala sério ……..
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Christian nunca foi um grande piloto, torci por ele quando de suas passagens pela F.1 e Indy. Me empolguei às vezes mas em outras sentia que o cara não iria a lugar algum, ou seja, não dava mostras de que seria um campeão agora, dizer que a carreira vai bem obrigado, acho que está pulando de galho em galho, estaria bem se tivesse um contrato de longo período com alguma equipe de preferencia e de ponta. O fato é, nunca teve o estigma do Tio Emerson. Lamentável, tornou- se um piloto abaixo da média como tantos outros por aí.
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Christian Fittipaldi sempre este anos luz de seu tio.
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essa materia foi engraçada
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O erro do Christian Fittipaldi foi o de ter abandonado a formula-1 e mudar para a indy, ele tinha feito um belo trabalho pela Minardi ao lado do Pierluigi Martini, e depois pela Arrows ele fez o que pode.
Quem era o empresário dele em 1995? Será que ficar na formula-1 não era mais inteligente? Se ele tentou voltar a formula-1 até 2010, mostra que sua carreira foi muito mal gerenciada e ele praticamente se queimou por conta da indy.
Se a porcaria do empresário dele tivesse arrumado uma vaga de reserva na Maclaren em 1995, ou mesmo, continuado pela Arrows, era muito mais negócio não acha? Mas vai entender….
Uma coisa eu digo e assino embaixo: O nome Fittipaldi ligado a equipe de caminhões Mercedes foi um sucesso, digo isso porque na corrida do Velopark o Christian Fittipaldi chamou a atenção do que o resto do pilotão, ele fez reviver o Emerson até pelo fato que seu nome traz boas lembranças.
F-Truck tem mais aceitação do público do que a Stock Car ou Troféu Linea, e isso é óbvio…. mas será que tem alguém vendo isso? Quero dizer, a Mercedes e o Christian seriam um sucesso de Marketing!
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Wagner, ele o Christian, não tentou voltar a Formula 1 em 2010 quem tentou foi o Veleneuve, todos devem lembrar que o Christian sempre andou bem, em todas as categorias que disputou tendo o Barichello como adversário ele sempre chegou na frente o Rubens só conseguia ser campeão kart, formulas etc… depois que o Christian passava para outra categoria.
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Antonio, vc esta mal informado. Barrichello foi penta campeao paulista e brasileiro tendo o Christian como vice em varias vezes, mesmo sem o apoio e $$ dos Fittipaldis.
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Não se deve comparar a carreira de Christian Fittipaldi, piloto mediano que, realmente, disputou quase todas as categorias do automobilismo mundial sem se destacar em nenhuma delas, a despeito do título da F3000 – no século passado – pode ser comparada à de Jacques Villeneuve. É uma afronta à vitoriosa carreira do canadense.
Esta matéria parece “papo” de empresário buscando desesperadamente, patrocínio…
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