
O mercado de pilotos da Nationwide passou o ano todo de 2011 bastante calmo. Elliott Sadler renovou com a equipe de Richard Childress, Danica Patrick confirmou a transição da Indy para os carros de turismo, Austin Dillon pulou da Truck Series para a divisão de acesso e Travis Pastrana se machucou, mas garantiu que volta para disputar o campeonato.
O campeonato parecia que não ia passar disso, com as vagas restantes podendo ser definidas às vésperas de Daytona, para quem aparecesse com mais dinheiro para correr.
Só que bastou virar o ano para que a briga pelas vagas se intensificasse. Talvez pela necessidade de cumprir contrato até o dia 31 de dezembro, muita gente ficou quietinha até esses primeiros dias do ano.
A grande movimentação até agora aconteceu na JR Motorsports. O time já estava certo com a dupla formada por Danica Patrick e Aric Almirola, mas o piloto de origem cubana, após terminar 2011 na quarta colocação, foi chamado pela equipe de Richard Petty na Sprint Cup para substituir AJ Allmendinger, que se transferiu para Penske.

Para o lugar de Almirola, Dale Earnhardt Jr contratou Cole Whitt, que havia corrido em 2011 pela Turn One, na Truck Series. O curioso dessa história é que o garoto de apenas 19 anos foi obrigado a rescindir contrato com a Red Bull – sua investidora –, já que Dale Jr é patrocinado pela concorrente AMP e seria havia esse conflito de interesse.
E já que Danica Patrick entrou no post, ela não será a única mulher na categoria em 2012. A média ML Motorsport anunciou a contratação de Johanna Long, que deve disputar 18 provas no ano. A equipe tradicionalmente não compete em toda a temporada, então sempre quando estiverem em um circuito será comandada por Johanna.
Outro piloto que não vai disputar a temporada completa, assim como Long, é Brad Sweet. Mas, ao contrário da piloto da ML, o garoto fica de fora de algumas corridas, já que a Turner Motorsport – a mesma equipe de Nelsinho e Paludo na Truck – anunciou que ele vai dividir o carro de número 38 com Kasey Kahne.
Steve Wallace é mais um que parece não estar a caminho de disputar a temporada completa de 2012. O problema para o piloto é que a equipe do pai, Rusty Wallace, fechou as portas. Com a 5-Hour Energy tendo indo para a Sprint com Clint Bowyer, o piloto ficou sem patrocinador e agora vai precisar bater de porta em porta se quiser correr.

Com o fim da equipe de Rusty, Michael Annett é outro que sobrou. O piloto, no entanto, contra com o patrocínio da Pilot J, empresa da família, é pode acabar descolando alguma vaga. O problema para ele é que os principais lugares já estão ocupados. Então Annett não tem muito bem para onde ir. Tirando a Roush, que não parece uma opção muito provável, o garoto poderia acabar beliscando alguma coisa na Turner, talvez na Phoenix ou mesmo na Pastana-Waltrip, mas são acordos bastante difícieis.
Annett ainda poderia parar na equipe de Kyle Busch, que estreia na Nationwide em 2011. Mas a KBM marcou o anúncio oficial para o dia 19 de janeiro, enquanto Annett foi liberado apenas hoje. Talvez em um segundo piloto no time, mas essa é uma possibilidade bastante remota. Enquanto Buschinho não anuncia ninguém, a maior especulação é que ele e o irmão, Kurt Busch, devam dividir o carro ao longo da temporada.
Se isso acontecer, seria ruim para a categoria. O domínio do caçula já é conhecido e, para falar a verdade, bastante chato. Se correndo por Joe Gibbs ainda havia alguma presença do patrão na hora de mandá-lo focar na própria equipe, com a própria equipe será um salve-se quem puder, igual na Truck Series. E nos trucks, todo mundo viu o que aconteceu no Texas quando Kyle mandou Ron Hornaday para o muro.
Com Buschão, seria algo semelhante. O cara pode estar no fundo do poço da carreira depois de ser demitido pela Penske, mas competir contra um bando de garoto de 18 anos e comemorar as vitórias como se fosse um grande feito não é o lugar certo.
Pior para gente como Joey Gase. O garoto tem 18 anos, assinou contrato com a pequena Go Green Motorsport para fazer a temporada toda e pode ter que enfrentar Kurt Busch, Kasey Kahne, entre outros semanalmente. Quem disse que o mundo do automobilismo é justo?
Desculpa a ignorância… Mas eu sempre fico perdido nas divisões da NASCAR (ajuda o fato de eu não ter Speed Channel em casa).
E nem o Grande Prêmio nem o WoM fazem questão de explicar muito bem.
Veja se eu estou certo: a divisão principal é a SprintCup, seguida da Nationwide e da TruckSeries, é isso???
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Isso mesmo Marcos. Essa é a ordem das categorias da Nascar, embora a própria categoria tente minimizar essa hierarquia.
Eu fiz um post um tempo atrás que explicava as divisões, mas o foco era falar das menores, que estão depois dessas três. Se quisr olhar é esse aqui:
https://womotor.wordpress.com/2011/07/25/a-primeira-vitoria-brasileira-na-nascar/
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Eu lembro desse post da vitória do Pietro. Foi depois de ler esse post que entendi a grandiosidade da categoria e passei a me interessar um pouco mais.
Mas como eu disse, tá difícil de assistir até na TV paga, já que o Speed só aparece nos pacotes mais caros
Valeu a explicação! Tava difícil deduzir, porque os nomes não dizem muita coisa. Pra ajudar, tem “kyles busches” da vida que, se deixar, correm em todas as categorias ao mesmo tempo!!! hehe
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