
Pietro Fittipaldi conquistou um título histórico para o automobilismo brasileiro neste domingo, dia 25, em Hickory, na Nascar All American Series. Caso você não tenha ideia de o que é essa categoria, basta clicar aqui que eu fiz um post um tempo atrás explicando.
A conquista de Pietro é histórica apenas porque é a primeira vez que um brasileiro vence uma divisão da Nascar, fora isso é um título comum. No entanto, esse triunfo também tem outros significados. Por exemplo, é muito mais significativo que a primeira taça brasileira da Nascar venha de uma divisão que até três meses atrás ninguém tinha ouvido falar e não em uma Nationwide.
É como se Pietro tivesse mostrado o caminho das pedras. Ele provou que para ter algum sucesso na Nascar – ainda que em aspecto local como é Limited Late Models de Hickory – não precisa ser um ex-piloto de F1, rico e com residência em Mônaco. Basta ser neto de um bicampeão da categoria e galgar uma dezena de patrocinadores. Opa, peraí, acho que não estou ajudando.
Tá, falando sério, a diferença entre o título de Pietro e uma eventual conquista de Nelsinho Piquet ou Miguel Paludo é que estes dois são pilotos já formados, com histórico de sucesso por onde passaram e donos de alguns recursos financeiros para manter a carreira na Nascar. Ainda que o neto de Emerson tenha todas as vantagens pelo sobrenome da família, ele abriu um caminho para novos pilotos brasileiros que queiram seguir no esporte. Isto é, o perfil de um futuro piloto do país que queira seguir nos Estados Unidos pode ser o de um garoto de 15 anos – também com suporte financeiro – mas que esteja disposto a começar por baixo.

Outra coisa que o título de Pietro comprova é a necessidade do automobilismo (e qualquer outro esporte, obviamente) ter espaço na televisão, ainda que em um canal pago. Se ele foi para os Estados Unidos tentar a carreira, afirmo sem erro que é por conta da aposta que o canal Speed fez em trazer a Nascar para o Brasil, cinco anos atrás.
Até é possível contra-argumentar dizendo que ele nasceu por aquelas terras e por isso teve pouca influência do Speed. Acho difícil essa hipótese. Se a Nascar não tivesse um canal transmitindo por aqui, não acho que tanta gente – falando também de patrocinadores – teriam se empenhado para ajudar o garoto. Ainda que ele fosse correr por lá nesse cenário sem transmissão da categoria, o título mesmo não teria peso algum.
Falo isso por experiência própria. Trabalhando com automobilismo, já passei várias vezes pela situação de entrevistar um garoto que mal saiu do kart e na pergunta ‘quais são os planos para o futuro’ ouvir F1 e Nascar como resposta.
Para finalizar, o título do Pietro também mostra o que um garoto precisa fazer nos Estados Unidos para ter algum sucesso. Ao contrário do automobilismo europeu, onde todo mundo está cansado de saber o caminho mais prático para a F1 (F-Renault/F3/GP2 e conhece as principais equipes), no âmbito da Nascar é mais difícil.
Para baixo da Nascar East, antes do novo campeão, dificilmente algum empresário saberia onde levar um garoto para correr. Quando você não tem mais a presença das equipes da Sprint Cup, para se guiar pelos nomes grandes, como decidir onde correr? Qual seria a melhor opção? Quais são as principais equipes? O papel de Pietro passa a ser pioneiro ao ponto que nenhuma dessas perguntas foi respondida, os managers continuam sem essas respostas, mas há uma certeza que basta seguir o caminho dele que pode se ter sucesso.
A conquista de Pietro, portanto, não tem nada demais. Ele é só mais um dos vários campeões que a Nascar All American Series faz ao longo do ano, afinal são dezenas e dezenas de pistas sancionadas por todos os Estados Unidos, mas para nós aqui do Brasil, o título ganha a importância não só por ser o primeiro, mas por ser o pioneiro em uma área até então desconhecida do automobilismo mundial.
Só não devia usar o suado dinheiro dos impostos dos brasileiros para financiar seu esporte. Mesmo porque sua família é arqui-milinária. Falta de respeito do avô e de todos pelo povo brasileiro. Quanta vergonha.
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E se esse garoto, vence a prova de kart do Massa, como a Bia venceu ano passado?
Pode até ser, ele tem 10Kg de peso contra 60/80 dos demais, acho que é uma vantagem a considerar.
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Já li todo tipo de idiotice nos sites esportivos, mas o texto acima supera tudo o que já foi lido até o momento.
Congratulações ao autor.
Pelo nome, “World of Motorsports” este site não pertence a nenhum brasileiro, o que nos envergonha um pouco menos…
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O texto dele tem nenhuma idiotice, idiotice mesmo é isso que tu postou… qual o problema com o nome do blog? e isso envergonha a quem além de tu cara pálida?
congratulações pela idiotice-mor!
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Agora, o Sr Pablo se igualou ao autor do texto. Congratulações a ele também.
Quanto ao nome do do blog, nada demais se ele for inglês, americano…
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O Blog é tão ruim né que além de acessá-lo, você ainda o lê e comenta… imagine se achasse bom!
Amigo, na boa deixe de ser o “mala” e permita que o cara faça o trabalho dele. Não baixe o nível.
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pq a IRL nao corre em Daytona?
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Felipe, qual deve ser o destino do Pietro em 2012???
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Ele deu uma entrevista um tempo atrás falando que deve continuar na Nascar All American Series, mas disputando provas em toda a região sudeste dos Estados Unidos, não somente em Hickory. Pode ser que ele estreie na Nascar East no final do ano para se adaptar à categoria pensando em 2013.
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Seguindo os passos do avô, que foi um dos primeiros a ir para a Europa, montou uma equipe brasileira na F1, e depois quando todos o julgavam acabado abriu as portas do automobilismo americano na Indy … É inegável a contribuição da família Fittipaldi para o automobilismo !!
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Falou tudo!
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