Jules Bianchi
Jules Bianchi nem é uma novidade tão grande assim testando com a Ferrari

O treino dos novatos da F1 está marcado apenas para os dias 15 a 18 de novembro, em Abu Dhabi, mas algumas equipes andaram se adiantando e já colocaram os garotos para trabalhar nesta última semana, após o GP de Monza.

Como os testes ainda estão banidos durante a temporada, as equipes precisaram buscar outras soluções para que os jovens possam ir à pista. Na realidade, não são todas as atividades que estão proibidas, o regulamento permite a realização de filmagens, testes aerodinâmicos em linha reta e treinos com equipamento com alguns anos de defasagem. Ainda assim, há limitações e restrições – como, por exemplo, número de dias e uso dos pneus – para essas tarefas.

Mesmo com todos esses impedimentos, Ferrari, Renault, Williams, Force India e Virgin aproveitaram a última semana antes do GP de Cingapura – que marca o início de seis etapas seguidas longe da Europa até o fim do campeonato – para colocar jovens talentos (ou não) para testarem atualizações.

De todos os treinos, o mais importante, evidentemente, foi o da Ferrari, que testou Jules Bianchi e Sergio Pérez no  modelo de 2009. Não foi uma espécie de vestibular, já que a vaga de Felipe Massa ainda não está a perigo, mas certamente serviu para que ambos – principalmente o mexicano – pudessem se ambientar à equipe de F1. No final, Pérez foi bastante elogiado pelo desempenho.

Max Chilton
Max Chilton foi uma surpresa ao aparecer na Force India, cuja vaga de piloto reserva é valorizada

Quem também testou o modelo de 2009 foi Romain Grosjean, mas com a Renault. Como uma espécie de prêmio pela conquista da GP2, o francês pode pilotar o R29, percorrendo cerca de 600 km na pista de Valência. O objetivo do time era fazer com que o piloto se habituasse a pilotar um F1 em diferentes situações, como treinos e corridas.

Curiosamente, o R29 foi carro usado pelo próprio Grosjean quando substituiu Nelsinho Piquet na Renault. Como se sabe, no final daquele ano, o francês foi defenestrado pelo time, que passava por uma reestruturação interna. No caso do campeão da GP2, até é possível fazer uma comparação do desempenho dele neste teste com o apresentado na F1, dois anos atrás.

Outro merecedor de prêmio foi Valtteri Bottas, o finlandês campeão da GP3. Como o protegido de Mika Hakkinen é piloto de testes da Williams, ele foi escalado para ter a primeira oportunidade em um F1 em um teste em linha reta num aeroporto da Inglaterra com o objetivo de avaliar atualizações para serem usadas a partir do GP de Cingapura.

No mesmo local na Inglaterra, Max Chilton também pôde estrear em um F1 ao testar o carro da Force India mais uma vez em atividade retilínea. Um dos mais jovens pilotos da GP2 da atual temporada está de olho na cobiçadíssima vaga de piloto de testes da equipe indiana, que pode ficar sem dono caso Adrian Sutil ou Nico Hülkenberg deixem o time.

O último a fazer um teste em linha reta foi Robert Wickens, piloto de testes da Virgin, que é o atual líder da World Series by Renault. Caso o canadense conquiste o título da categoria, além de testar pelo time anglo-russo ele também poderá participar do treino dos novatos de Abu Dhabi com a equipe francesa, como prêmio dado ao campeão do certame.

Destes, apenas Pérez e Grosjean não podem participar dos treinos dos novatos, os demais não só podem como são favoritos a ocupar as vagas nessas equipes pelas quais já tomaram parte de uma atividade. No entanto, vale lembrar que no caso da Williams, Bottas terá a concorrência do campeão da F2 – atualmente liderada por Mirko Bortolotti – que também desfruta do treino como prêmio pela conquista.

Por outro lado, nome como o de Jules Bianchi já é praticamente uma certeza na atividade, já que a Ferrari não tem outro piloto que cumpra a função de novato no plantel. A outra opção seria Davide Rigon, que está lesionado.

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