
Com o post de hoje, completo a trilogia deste blog sobre Travis Pastrana. No final do ano passado, escrevi o capítulo 1 chamado de ‘Travis Pastrana na Nascar’, que acabou não acontecendo direito porque ele quebrou o pé. O capítulo dois foi ‘Travis Pastrana na Indy’, que ainda pode acontece. Na sequência, portanto, chegamos ao último texto.
Então, voltando à história, o piloto americano quebrou o pé e o tornozelo direito enquanto competia de Moto X nos X Games, na sexta-feira. Por conta da fratura, ele não pôde estrear na Nascar, no dia seguinte. O americano ficou muito abatido com esse acontecimento e resolveu passar a noite de sábado bebendo. A polícia de Los Angeles foi chamada e constatou que ele não só estava dirigindo embriagado,mas também com o pé quebrado. Travis Pastrana foi preso e.. opa, não é nada disso.
Depois do acidente, Pastrana realmente ficou muito chateado de não poder correr na Nascar, mas ele ainda tinha uma competição de ralicross para participar nos X Games, marcada para este domingo, dia 31. Então, enquanto o piloto se contorcia de dor em algum lugar por aí, a equipe dele adaptou o carro de corrida – não o da Nascar – para que pudesse ser controlado pelas mãos. Ou seja, aceleração, freio, direção e câmbio tudo nos dedos. Quase um joystick, portanto.
Enquanto os carros da Nationwide corriam em Lucas Oil, a organização dos X Games permitiu que Pastrana pudesse treinar com o carro adaptado para aprender a dirigir a coisa. O lugar escolhido foi o da foto lá em cima, a academia de polícia de Los Angeles. O americano usou a pista de testes, onde os policias fazem treinamento, e pôde se familiarizar com o carro.

Bom, aí Pastrana voltou aos X Games neste domingo. No ralicross, os pilotos foram separados em quatro grupos com quatro participantes cada, e o combalido americano conseguiu avançar em segundo na chave, perdendo para Brian Deegan. Na fase seguinte, Travis Pastrana venceu Jimmy Keeney, Nathan Conley e Joseph Burke para garantir uma das oito vagas na fase decisiva.
Na grande final, Pastrana perdeu o X de bronze para Marcus Gronholm por menos de 1s. Quer dizer, depois de quebrar a perna, assistir à Nascar pela TV, ter o carro adaptado e treinar com a polícia, o americano ficou na quarta colocação por uma diferença mínima. Na decisão, ele teve tempo melhor que Dave Mirra, Rhys Millen e Liam Doran – vencedor no Rali Racing –, mas acabou perdendo não só para Gronholm, mas também novamente para Deegan (ouro) e Tanner Foust (prata).
Depois dessa longa saga – Pastranathon –, só tenho uma coisa a dizer. Pena que a Nascar não deixaria ele correr com um carro adaptado e meia perna saindo para fora.
Felipe, apenas a aceleração do carro ficou na mão esquerda, o freio ficou com o pé esquerdo mesmo. Só para acrescentar, o Pastrana estava na frente do Gronholm até as últimas curvas, mas perdeu o controle do carro e permitiu a ultrapassagem do bi-campeâo do WRC, perdendo assim uma medalha, mas com certeza foi um feito memorável desse louco.
CurtirCurtir