
A vitória de Will Power na segunda corrida da rodada dupla da Indy, no Texas, serviu para que o australiano provasse de uma vez por todas que está adaptado a esse peculiar tipo de pista americana.
Tudo bem que Power fez bom uso da terceira posição no grid de largada obtida por sorteio, mas ele teve todos os méritos de conseguir a ultrapassagem em cima de Tony Kanaan, segurar Scott Dixon e manter-se na ponta.
Melhor que isso, o australiano sempre esteve entre os mais rápidos desde os primeiros treinos livre e teve todos os méritos de conseguir a terceira colocação na primeira prova, que teve o grid formado por um treino classificatório regular.
Pode ser que Power esteja longe do ritmo da dupla da Ganassi em ovais, mas o patamar entre o piloto da Penske e Dario Franchitti, por exemplo, parece ser muito menor do que fora durante 2010. Isto é, o escocês parece ter se dado conta de que terá que trabalhar muito mais – principalmente nos mistos – para bater o rival no final do ano.
Se no último ano o escocês pode se dar ao luxo de não fazer provas tão boas em alguns circuitos mistos, permitindo um amplo domínio de Power, esta temporada o tricampeão parece estar descobrindo que a tática de descontar pontos nos ovais não seja tão garantida.
Will Power, por sua vez, parece ter entendido que não basta ser bom em apenas metade das pistas para conquistar o título. O campeão tem que ser alguém que brigue pela ponta em todas as provas. Depois de dominar as quatro primeiras corridas do ano, ser a melhor Penske durante boa parte da prova em Indianápolis e vencer uma das corridas no Texas, o carro número 12 já apresenta todas as credenciais para brigar pela taça.
E o desempenho do australiano é ainda mais importante neste ano que pode marcar a reestruturação da Penske. Com rumores de conversas entre Roger Penske, Simona de Silvestro e Alex Tagliani, além de uma possível redução da equipe para apenas dois carros novamente, se garantir em uma das vagas é uma conquista e tanto para Power.
Aliás, é bom que Castroneves e Briscoe se cuidem, pois, mesmo que Roger Penske não seja de dispensar pilotos, o retrospecto do duo ante ao do companheiro nestes dois últimos anos é de envergonhar.