A F3 Euro Series começa neste final de semana para talvez a pior temporada da história. Quando apenas 13 carros alinharam para a disputa do título, no ano passado, acreditavam que a categoria tinha chegado ao fundo do poço. Com apenas 12 inscritos esse ano, a situação não poderia ser pior.
A situação é bastante crítica, visto que a direção da categoria fez de tudo em 2010 para que o atual campeonato não fosse tão fraco quanto o anterior. Entretanto, nada deu certo. A ART Grand Prix, por exemplo, foi uma das pioneiras em tentar formar uma união entre os times para fortalecer o certame e evitar uma debandada ainda maior. Só que o time francês também foi o primeiro a pular fora depois de ter sido vencido facilmente pela Signature.
Com o grid encolhendo e a ameaça das grandes equipes irem para a F3 Inglesa, os times fecharam um pacto para tentarem inscrever três carros cada, além de as rodadas passarem a ser triplas em etapas que não sejam necessariamente preliminares do DTM.
Essas alterações trouxeram o interesse da Performance e da HS Technik, duas das principais equipes da F3 Alemã. No entanto, os dois times acabaram desistindo de se juntar ao certame europeu devido ao alto custo da temporada 2011 e pelas mudanças que são prometidas para 2012. Assim, não faria sentido gastar dinheiro agora para formar um time e ter que gastar novamente com o novo regulamento do ano que vem.
O resultado, evidentemente, é o grid enxuto de 2011. Se a Signature, por sua vez, inscreve quatro carro, Mücke e Prema têm apenas dois, além de três da Motorpark e um da novata STAR.
Entretanto, os escolhidos para essas vagas deixam um pouco a desejar. Ainda que nomes como Daniel Abt e Felix Rosenqvist, sensações da última temporada da F3 Alemã, e Roberto Merhi estejam presentes, o restante do grid é preenchido pelos pouco conhecidos Marco Wittmann, Jimmy Eriksson, Kimiya Sato, Gianmarco Raimondo e Kuba Giermaziak.
A Signature, de Abt, Wittmann, Carlos Muñoz e Laurens Vanthoor é a favorita para conquistar o campeonato. Eu apostaria em Abt, mas ele não foi bem na pré-temporada. A lógica, então, coloca Vanthoor como principal piloto, afinal o belga está entrando no quarto (!) ano na F3.
A desafiante deve ser a Prema, de Merhi e Daniel Juncadella. Enquanto o primeiro entra no terceiro ano na categoria e deve ser a principal ameaça a Vanthoor, o outro é um segundanista, que impressionou na estreia, embora tenha sido excessivamente incostante. No restante do grid, apenas Rosenqvist, da Mücke, merece citação pois pode surpreender.
Apesar de não acreditar em determinismo nessas horas, a F3 Euro Series realmente parece ter sido morta pela criação da GP3. A organização da categoria mais antiga ignorou o fato de que os custos estavam se tornando muito elevados e a competitividade diminuía. Fora que fazer preliminar da DTM em algumas pistas alemãs não era exatamente o que os pilotos esperavam para o desenvolvimento.
Ver a categoria nessa situação é uma pena. Sendo que em 2005 – em próximos seis anos atrás – o certame contava com nomes como Lewis Hamilton, Adrian Sutil, Loic Duval, Giedo Van der Garde, Lucas Di Grassi, Paul Di Resta, Sebastian Vettel, Esteban Guerrieri, entre outros.
Ou seja, os campeonatos de fórmula pelo mundo estão de mal a pior.
As categorias que que tentam ser premium não andam lá muito bem: Indy, Superleaugue, A1GP (faliu).
As de base tem problemas de custos…
E a F1 tem dinheiro suficiente para sobreviver aos idiotas (no espírito da entrevista do Eike)
Vai mal, muito mal, o querido automobilismo de fórmulas.
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Há, que foda! Uzbequistão envolvido com a Hispania, Cazaquistão envolvido com a F3… ainda verei um GP no Quirguistão.
Sou entusiasta da Ásia Central e suas esquisitices.
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