
Nada como um ano após o outro para Danica Patrick. No ano passado, quando a piloto da Indy foi anunciada por Dale Earnhardt Jr para correr em algumas provas da Nascar, muita gente torceu o nariz. Afinal, o desempenho dela nos monopostos – com apenas uma vitória – é talvez muito mais midiático do que relacionado à capacidade técnica.
Em 2010, ainda que Danica tenha conseguido um TOP 10 na prova de Daytona da ARCA, quando estreou nos carros de turismo, na sequência a piloto disputou três corridas na Nationwide – em Daytona, em Auto Club e em Las Vegas – com resultados terríveis. Um 35º lugar na abertura do campeonato, seguido de um 31º posto – terminando três voltas atrás – e de um 36º. Sendo que em duas oportunidades ela abandonou depois de acidentes.
Mesmo disputando apenas 13 das 35 etapas, a piloto melhorou ao longo do ano, tendo bons resultados nos treinos classificatórios e andando entre os 20 primeiros colocados durante as corridas. Na etapa final, em Homestead-Miami, ela conseguiu o melhor resultado da carreira com um 19º lugar.
Esse desempenho sofrível, no entanto, não impediu Danica de retornar à Nascar em 2011. Para a atual temporada, a piloto vai repetir o esquema do ano passado e fazer provas que não tenham conflito de agenda com a Indy. Além disso, Danica ainda vai tentar manter o ritmo de uma corrida por mês, sempre que possível.

Como só aconteceram três corridas até agora, isso não é lá muito parâmetro, mas o desempenho é bem melhor que o de 2010. Nas mesmas três primeiras etapas – mas agora sendo Daytona, Phoenix e Las Vegas – a piloto foi a 14ª em Daytona, terminou no 17º lugar em Phoenix e conseguiu o melhor resultado da história de uma mulher na Nascar com o quarto posto obtido em Vegas. Essas colocações deixaram-na quarta colocação do campeonato, apenas 13 pontos atrás do líder Reed Sorenson.
A efeito de comparação, Danica está os mesmos 13 pontos na frente do companheiro de equipe Aric Almirola e outros 11 pontos a mais que Trevor Bayne, sensaçaõ do início de 2011 ao vencer a Daytona 500. Gente experiente como Elliott Sadler, que passou anos na Sprint Cup, além de Steve Wallace e Joe Nemechek também estão atrás da piloto da Indy.
Se a posição na tabela de pontos pode iludir, na pista a situação não é tão diferente. Danica está andando no mesmo ritmo dos demais pilotos que competem na Nationwide. Entretanto, enquanto alguns pecam pela consistência e cometem erros banais, a piloto praticamente não cometeu erros desde o final da temporada 2010 da Indy.
Aliás, falando nos monopostos, caso a Andretti realmente sinta falta de Tony Kanaan na hora de acertar os carros, principalmente em Indianápolis, não é absurdo pensar que Danica possa começar a considerar a hipótese de se transferir para a Nationwide em tempo integral a partir de 2011. O desempenho dela já a permite estudar essa possibilidade.
Só que se há dois anos, quando estreou no turismo, essa transição era considerada o último golpe que a Nascar iria desferir na Indy, hoje a categoria de monopostos está fortalecida e pode muito bem sobreviver sem uma das principais estrelas. Por isso, essa eventual mudança de Danica Patrick de categoria pode ser boa para todos os lados.
Danica é a melhor onde quer que corra.
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Danica é a melhor seja em qual categoria for correr.
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A Danica pode ter feito uma boa corrida, e provavelmente conseguiria um top 10 mesmo sem essa questão do combustível no final, mas que ela está adaptada a Nascar, eu duvido muito. Aposto que na proxima corrida ela vai estar andando no meio do pelotão de novo.
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Concordo com você, Cristiano. Mas quando digo que ela está adaptada é porque está no mesmo ritmos de pilotos como Brian Scott, Josh Wise, Ryan Truex e Michael Annett, que fizeram a carreira no turismo.
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Danica esta arrombando o “Clube do Bolinha”…
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